segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

[Desaparecem incólumes,]



Dessas palavras que rasgam poesia,
desaparecem incólumes,
visões,
sonhadores,
navegadores,

aspiram eternidades poetas,
meretrizes,
mendigos,
de nada servem as ruas escuras,
as docas invisíveis,
as visões que acordam a noite.

Desaparecem incólumes,
nas lamas dos cataclismos,
proteções, grades,e do barro
se fazem as esculturas,
livres,
nessa liberdade que aprisiona,
aprisionou,

dos pássaros que morrem em voo,
se cantam odes ao mar,
apenas descansam nos cirros,
momentaneamente,
e a vista não os alcança,
jamais.


Desaparecem incólumes,
os fogos, algumas pessoas,
esqueço-me do ontem,
propositadamente,

então,
sigo rotas imaginárias,
,
desaparecem incólumes
alguns pirilampos, diz-se
que adormeceram,
iluminando
a face oculta do sol.

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