sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

quem pintou vielas de negro esqueceu a nívea espuma ondulada pelo mar


Que carregam passos insensíveis
Pelas sensações terminadas num primeiro orgasmo silencioso
Súbito pela noite soprando o dia?

distraem-me essas cousas
destinos sejam sem a morte por perto
ou desfalecimentos
espreitando alvéolos de colmeias desertas
secas pelo pó esvoaçando invisível ardil de portas entreabertas.


fronteiras descartadas solidões tênues.

não te iria escrever dos vendavais Descrever
ventos despenteando sombras amontoadas
protegendo-se incólumes

talvez defesas talvez redenções

mas pelos cantos concentram-se perfumes invadindo os corpos esgotados em cada
poro por cada respirar.

carrego mares calmos inseparáveis gêmeos
que deixaram de uivar
jamais domesticados como eu

quem pintou vielas de negro esqueceu a nívea espuma ondulada pelo mar.

invadi-me repentinamente no Mar
[evadi-me propositadamente de mim Ou


assim fosse].


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