terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Irreal fatalidade ou desejo presente nesse cio constante


Talvez me tenha tornado um nome, um lugar
Nessa fria possessão da vida errante
Em contínuas memórias cobertas por areais desertos
As rochas onde te encontrei sentada
Encontros

O tempo teimava em parar Desconhecido
Longe das cidades das pessoas Sem degradação
Desse sonho por onde tudo passou Ilimitado
Espaço que se Aboliu
Longe os labirintos entre marés conhecidas
De tanto repetidas revisitadas
Agitadas as águas do salso reino Indomáveis
Cavalos tresmalhados a galope na direção do Promontório
Irreal fatalidade ou desejo presente nesse cio constante

Curvei-me e estatelei-me
Pelo fundo das fossas tenebrosas mas eficazes
Como fugas sábias quando a noite roubava o dia
Sem álibis testemunhas Silêncio então

Emergimos fatalmente conscientes

O frio antigo evaporou-se
A mesma cor das cerejas estáticas
O mesmo odor das rosas bravias escondidas
As nossas  mãos cheias de Maresias
Sumptuosas

E assim
Respiramos em uníssono
Talvez então me tenha transformado

Num nome


[Só um].



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