Luis
Gonzaga
quando
semeias os ventos
Quando
semeias os ventos
que
ondulam algumas searas adormecidas,
galopam
cavalos árabes pelos areais distantes,
que
se aproximam pelos sons em silêncio,
,e
sinto-te mar,
quando
me naufrago pelas palavras.
Observo
o cansaço em vão,
visito
botequins abandonados,
miro
relógios parados sem irritantes ponteiros,
garrafas
vazias, o vinho derramado
dos
tempos infinitos findos e recomeçados,
distanciados
de um cais a ruir,
redutores
que sejam
nesses
nadas sem significado.
Fala-me
do grito dos lírios, das ruas e vielas,
dos
rios que nascem do mar entrincheirados pelas margens.
Fala-me
do outro que nasce neste eu moribundo.
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