grande baleia
branca Migaloo
poder-te-ia
falar num céu sem estrelas
destelhado
ou da
hora de Prima que antecede o começo
vagabundo
mas
perdi-me neste mundo que nunca foi meu
[a
vida]
sórdido
veleiro
que se afasta ao som do vento
sem
tripulação.
há
sempre o outro lado
a estrada
sem curvas encruzilhadas
a maré
parada
um fio
deslumbrado carregado de espantos
[nunca
as descobertas]
que
esconde a raiz a água.
findo o
mar perfeito
enrola-se
a brisa
e
nenhum sacrifício resta
apenas
a plenitude deste tempo gasto.
o gesto
as mãos
o halo
da maresia infinda
a
distância
[um
luar que pousa em nossas mãos].
(Ricardo Pocinho - O Transversal)
Adoro o que escreves.
ResponderEliminarA Alma tem destas coisas, a partida sempre incógnita, sempre a saudade que mina, que corrói, e depois:
Eliminar"nenhum sacrifício resta
apenas a plenitude deste tempo gasto". Vindo de ti Poetisa este comentário faz-me envaidecer, sim. Muito Obrigado.
Vim matar a sede das suas belas palavras.
ResponderEliminarAbraços poéticos.