Nos
dias que se querem dificeis
os
acordares,
descolam-se
algumas núvens
que
me entram pela janela,
…
povoam-me
o quarto,
humedecem-me
as plantas
plantadas
nos vasos de vidro
transparente.
…
Alguns
pássaros também entram,
e
cantam,
e
rodopiam em voos rasantes.
Quando
a brisa da hora certa
irrompe,
então,
tudo
sossega,
…
tudo
regressa ao tempo infinito.
…
Olho-te
no vagaroso readormecer,
e
no sorriso de mar, em primavera
sonhado,
sei-te
recomeçar o sonho
interrompido.
…
No
arco-iris que persiste em ficar,
escondem-se
algumas borboletas,
e
um nenúfar nasce no soalho,
em
silêncios.
Lá
fora, o dia escurece.
*Fui e voltei no ondear fascinante do teu verso, tal um lento abrir e fechar de pálpebras embebidas de sonhos e sonos dos amores...belo...beijoka*
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