Foto de Adatsugu
Tomizawa. Tsunami atinge a costa de Minamisoma em Fukushima
Nos
minutos sem tempo
que
param, que me sossegam,
sento-me
nas asas de um
pégaso
fugitivo da imortalidade,
das
visões,
das
constelações,
…
reconsidero
o sonho,
não
a morte, supremo final,
porque
as flores estão lá,
armadas
sem sangue, ordenadas
pelos
campos, filas delas.
…
Salvam-se
os choros,
as
lágrimas de onde nasceram rios,
secam,
os
rios não,
o
mar jamais,
…
salvam-se
algumas conchas,
salvam-se
alguns nenúfares.
Suspendo
o tempo numa garrafa
vazia
de areia, do sal, do mar,
sem
o pégaso fugitivo,
nos
minutos em tempo
que
me sossegam,
das
viagens,
…
…
salvo-me
deste naufrágio,
em
fim.
olá
ResponderEliminarbem como tu.
deste-me Paz.
Obrigada, AM
*salvam-se os risos soltos das palavras que bebemos, das ondas que sonhamos, salvam-se as margaridas- nas braçadas em verdes fitas- e o naufrágio era só um lamento...um ponto frio no oceano.
ResponderEliminarDivagando no teu versar puro
Como gosto de te ler.
Beijoka*